MURAL DE RECADOS

Xavier Jr.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O BEM ETERNIZA O SER

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Hoje, o domingo amanheceu com um aspecto diferente dos demais. Melancolia, enternecimento, incerteza (sobre nossos destinos, quando cerramos os olhos para o sono eterno) e um vazio tão forte que se eterniza diante dessa mesma dúvida. Não mais o abraço, não mais o sorriso, não mais o olhar, enfim, só a falta.

Para quê? Por quê? Qual o sentido de uma existência tão frágil, limitada e, absurdamente, fugaz?

O que justifica essa dor, esse medo e esse ato de apartar dos nossos convívios pessoas tão significativas?

Nem tivemos tempo de dizer, demonstrar...

Nesses momentos, de tanta dor, busco significado naquilo que nos eterniza, que transcenda a matéria, que dignifica o espírito e serve de conforto aos corações que deixamos inconsoláveis ao partimos.

Para esse desígnio se prestam com esmero: as boas ações, as palavras doces, os sorrisos, a demonstração do afeto e de gratidão, os filhos (de um cônjuge que parte), as obras fruto do nosso intelecto; enfim, tudo que é adjacente à personalidade e agrega-lhe beleza.

Por fim, busco à palavra do Pai, fonte de sabedoria que acalanta o espírito:

Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.

(Apocalipse 21:4).