MURAL DE RECADOS
O BEM ETERNIZA O SER
Hoje, o domingo amanheceu com um aspecto diferente dos demais. Melancolia, enternecimento, incerteza (sobre nossos destinos, quando cerramos os olhos para o sono eterno) e um vazio tão forte que se eterniza diante dessa mesma dúvida. Não mais o abraço, não mais o sorriso, não mais o olhar, enfim, só a falta.
Para quê? Por quê? Qual o sentido de uma existência tão frágil, limitada e, absurdamente, fugaz?
O que justifica essa dor, esse medo e esse ato de apartar dos nossos convívios pessoas tão significativas?
Nem tivemos tempo de dizer, demonstrar...
Nesses momentos, de tanta dor, busco significado naquilo que nos eterniza, que transcenda a matéria, que dignifica o espírito e serve de conforto aos corações que deixamos inconsoláveis ao partimos.
Para esse desígnio se prestam com esmero: as boas ações, as palavras doces, os sorrisos, a demonstração do afeto e de gratidão, os filhos (de um cônjuge que parte), as obras fruto do nosso intelecto; enfim, tudo que é adjacente à personalidade e agrega-lhe beleza.
Por fim, busco à palavra do Pai, fonte de sabedoria que acalanta o espírito:
Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
(Apocalipse 21:4).