MURAL DE RECADOS

Xavier Jr.

Na condição de educador, pelo exercício do meu mister, a contrapartida que percebo, a cada mês, satisfaz as minhas necessidades essenciais e da minha família. Isso não se pode negar!

Contudo (convenhamos) o ofício de preceptor não é dos mais agraciados no nosso país – isso é cediço.

Na verdade, cuida-se de uma profissão, ou sacerdócio - como querem os mais entusiasmados, que encontra-se, há décadas, em franco declínio, ao contrário de todo seu cotejo de vilipêndios.

Por isso, busco inspiração no belo, naquilo que serve de acalanto a minh’alma, pois esta também precisa de sustento.

Na condição de imortal, meu espírito reclama por algo que transcenda à matéria.

Para essa incumbência, se presta com esmero os resultados positivos imprimidos em todo meu corpo discente.

É o caso do empenho dos meus acadêmicos, quando do cumprimento de uma tarefa. Mais do que elogios - que não se sabe quando são verdadeiros, lisonjeia-me ver a execução das tarefas acadêmica que ficam a cargo dos alunos. E satisfaz-me mais ainda quando essas tarefas são cumpridas de forma tão aperfeiçoada que exacerbam as minhas espectativas.

Recentemente, incumbi aos meus acadêmicos a apreciação e apresentação de algumas obras clássicas do direito e da ciência política.

As duas primeiras apresentações, uma do turno da tarde e uma do turno da noite, foram mais que apresentações de trabalhos acadêmicos – carícias na alma de um lente (arrisco-me), tão primorosas, encheram-me de alegria, deram significado à minha jornada. E, no tocante a esses dois blocos, sei que posso esperar iguais empenhos dos demais colegas, pois essa perfeição é inerente a eles, no seu todo e na individualidade.

Xavier Jr.
O Estado, na visão dos Contratualistas Alemães, preleciona DALLARI, tem sua personalidade jurídica, não como uma mera ficção, para atender às conveniências do Povo, mas como um organicismo biológico jurídico, que lhe confere uma existência real.

Nesse sentido, o Estado compara-se a um grande organismo composto por órgãos, que são integrados, por sua vez, de pessoas físicas (funcionários públicos) que têm existência real – daí a Teoria Personalidade Jurídica Real do Estado.

Esses ilustres, incógnitos, funcionários públicos cumprem silenciosamente, dia após dia, suas incumbências, já hercúleas, e, quando ultrapassam as fronteiras desse tirocínio, não obtêm contrapartida condizente. Nenhum elogio, um afago, bônus...

Dentre essas árduas tarefas a cargo do Estado, a Segurança Pública, a mais penosa e temerária, cumprida por esses ídolos do silêncio. É de encargo desse Estado solver os problemas do nosso Sistema Penal, que proliferam em progressão aritmética. Por isso, talvez, os maiores “funcioneróis” - ops! digo, funcionários, serão encontrados no intramuros de uma penitenciária.

Parabéns ao “funcionerói” Joel, que cumpriu o seu mister, com grande presteza, perfeição e destemor.
Xavier Jr.

Parabéns e que Deus te cubra de bênçãos!
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