UMA FÁBULA PARA ADORMECER AS CRIANÇAS E DESPERTAR OS ADULTOS
Era uma vez, numa distante galáxia, um grande sol que iluminava e aquecia vários outros corpos celestiais.
Como o espaço era “infinito” e a luz e o calor eram compartilhados por todos, reinava a paz e harmonia.
Contudo, com o passar dos milênios, aquele pacífico espaço, que antes parecia infinito, passou a ser ocupado por um número crescente e diversificado de “astros”, o que levou a uma disputa exorbitante e até conflituosa pela luz e calor da grande estrela.
Desta feita, os vários corpos celestes, desprovidos de luz própria, que, portanto, precisavam da luz e calor irradiados da “grande estrela”, para assim poderem brilhar e ostentar um pouco do seu resplendor, encamparam um hostil, desleal e injusto relacionamento.
Certo dia, a verdadeira estrela, que emprestava parte da sua luz e do seu calor para todos os outros corpos celestiais, deixou de brilhar e desapareceu. Todavia, dentre todos os corpos celestiais havia um velho e cansado que insistia em continuar a irradiar luz, mesmo na, agora, infinita escuridão.
Tal fato, despertou a inquietação de um dos demais corpos celestiais, justamente aquele que mais abusou, usurpou e desrespeitou a seus pares no afã de ter sempre mais daquela luz.
Essa pequena “estrelinha” que, de tão insignificante, fora ingênua o bastante para negligenciar a grandiosidade e complexidade das leis celestiais que regem todos planos, movida como soe pela invídia e cupidez, usou seu último “suspiro” para se aproximar, uma última vez, daquele velho “astro”, que insistia em brilhar, e perguntou-lhe:
- “Amigo” como é possível, mesmo depois daquela estrela maior desaparecer, você continuar a ostentar tão sublime brilho?
Antes de apagar-se e ocultar-se, misturando-se na fria e inexorável escuridão, a pequena “estrelinha” ouviu:
- “Estrelinha” eu continuo a irradiar luz porque o meu brilho vem de dentro.
Muito boa. A intensidade do brilho interior e verdadeiro certamente supera os excessos insensatos que o homem externa ao próximo no decorrer da própria sua existência!